Engenharia e o transporte hidroviário no Brasil

Infraestrutura para este modal tem grande potencial de crescimento no futuro por conta do subaproveitamento das águas brasileiras

Entre diversas soluções voltadas à construção civil de grande porte, a Allonda oferece a seus clientes serviços de infraestrutura hidroviária. No entanto, este modal de transporte é subaproveitado no Brasil: segundo a Confederação Nacional de Transportes (CNT) apenas um terço dos 63 mil quilômetros de rios navegáveis do país são aproveitados. Se, por um lado, este índice aponta um problema nacional de logística, por outro indica um enorme potencial de crescimento para quem deseja investir no ramo.

A região Norte é a que mais utiliza o transporte hidroviário no Brasil, tanto para carga quanto para passageiros – é a única do país em que a malha hidroviária é maior do que a rodoviária. São cerca de 200 terminais hidroviários em toda a região – a maior parte no estado do Pará, que é banhado por nada menos que 150 rios. É neste pedaço do país que se encontram algumas das maiores e mais importantes hidrovias voltadas ao transporte de carga: do rio Madeira, do Solimões-Amazonas e Tocantins-Araguaia, que contribuem com o escoamento de madeira, minérios, alimentos, borracha, celulose e outros produtos regionais.

Já o Nordeste conta com a hidrovia do rio São Francisco, que liga a região ao Centro-Oeste, passando pelo estado de Minas Gerais. Com quase 2 mil quilômetros navegáveis, a via é utilizada para escoar, principalmente, produtos agrícolas. No Sudeste, a hidrovia mais utilizada é a Tietê-Paraná e, no Sul, a Taguari-Guaíba.

Mesmo nas principais hidrovias do país, citadas acima, o déficit de infraestrutura é notável: muitos dos terminais precisam de modernização, assim como a malha rodoviária do entorno, que é fundamental para o seu funcionamento. Segundo registros de navegadores da região Norte, por exemplo, falta sinalização e outros recursos de segurança para as embarcações. Há muitas obras abandonadas ao longo das hidrovias, e a iniciativa privada esbarra em questões burocráticas e de legislação na hora de direcionar mais recursos para esta alternativa de transporte.

Segundo dados da CNT, entre 2011 e 2018 apenas 10% do valor considerado ideal para o setor foi investido nele. Apesar disso, no mesmo período, o volume de cargas transportadas pelo modal cresceu 34,8% – de 75,3 milhões de toneladas para 101,5 milhões por ano. Em 2020, o total investido pela iniciativa pública no transporte hidroviário foi de R$ 26,3 milhões, o menor dos últimos dez anos. Os valores de investimentos privados não são divulgados pela Agência Nacional de Transportes Aquáticos (Antaq).

Além de um exponencial aumento no potencial de escoamento de cargas no país, mais investimentos em infraestrutura hidroviária representariam outros ganhos importantes. Tanto do ponto de vista de implementação quanto de manutenção, este modal é mais econômico do que as suas alternativas – o frete é cerca de 60% mais barato do que no transporte rodoviário e 30% mais em conta que o ferroviário. Esta é, também, a opção mais sustentável: é o modal que emite menos CO² por tonelada de carga transportada, consome menos combustível e menos energia do que o rodoviário.

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