O conceito de pegada hídrica tem como objetivo avaliar o volume de água gasto na produção de bens e serviços. Analisando sua utilização em toda a cadeia produtiva e, a partir daí, estimulando o desenvolvimento de estratégias que ajudem a reduzir e redefinir o consumo.
A captação de água da chuva pode ser uma alternativa viável que gera economia e eficiência no uso do recurso. Exemplos como o vivido pela comunidade do Morro da Babilônia, no Rio de Janeiro, que reduziu em 55% o consumo com a implementação de sistemas de captação de água da chuva, demonstram que em muitas áreas essa é uma alternativa eficaz.
Assim como a reutilização, a captação de água da chuva pode ser considerada durante os processos industriais na realização de atividades como limpeza de máquinas e equipamentos, limpeza de pisos e ambientes e rega de jardins, já que não é considerada potável.
Vale ressaltar que a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) por meio da NBR 5.626 estabelece que: ” Instalação predial de água fria, reservatórios de água potável não podem receber águas de características diferentes, inclusive águas pluviais”. Isso quer dizer que as empresas devem estruturar um sistema de coleta e armazenamento.
As águas pluviais também passam por tratamento de acordo com o uso previsto e devem ser armazenadas em reservatórios específicos, para facilitar o encaminhamento das demandas e evitar que sejam misturadas às águas provenientes de outras fontes de abastecimento.
O uso das águas pluviais depende da elaboração de um bom projeto, que considere aspectos como localização, área de cobertura, analisando também a qualidade da água da chuva, que pode mudar de acordo com as regiões.
O fato é que existem alternativas para o abastecimento de água que não dependem exclusivamente de mananciais e que podem ajudar a gerar economia para a indústria.