Gestão de rejeitos demanda novas capacidades tecnológicas e de gerenciamento

Quem trabalha no campo da engenharia sabe o quão importante é estabelecer processos e oferecer soluções que estejam de acordo com  as legislações para garantir a segurança das pessoas e do meio ambiente. Com a adoção do Padrão Global, a gestão de rejeitos precisa de ainda mais atenção do setor.

Nesse sentido, vale saber quais são as adequações a serem feitas pela indústria de mineração, focando, sobretudo, na responsabilidade ambiental, social e no desenvolvimento tecnológico, que se aponta como uma necessidade fundamental.

O Brasil ocupa uma posição de destaque no cenário global quando o assunto é mineração, tanto em produção quanto em reserva, o que se deve às suas características de diversidade geológicas. Porém, investimentos em infraestrutura e inovação também contribuem para isso.

Neste conteúdo, você verá o que há de mais relevante sobre o Padrão Global e quais são as novas responsabilidades que precisam de atenção por parte das indústrias deste setor. Continue a leitura e confira!

A importância da gestão de rejeitos

Na mineração, os rejeitos são resíduos gerados pelo tratamento dos materiais extraídos que surgem após a separação do material de interesse na extração. Nesse processo, é comum serem extraídos ferro, cobre, ouro e outros metais, enquanto o que sobra se torna, de fato, o rejeito de mineração, isto é, aquilo que não agrega valor para a indústria.

É fundamental dedicar atenção e esforços para a correta gestão de rejeitos, tendo em vista que eles podem apresentar substâncias tóxicas na lama formada. Por isso, a partir da preocupação com o impacto das ações do setor, é importante buscar soluções para tratar os rejeitos, de modo a gerar benefícios sociais e ambientais.

Com o avanço nos debates realizados por consumidores e empresas de diferentes nichos, essa preocupação deve ser central, e não mais apenas algo que “talvez seja proveitoso”. Com o tempo, as mineradoras terão cada vez mais dificuldades para se manterem ativas e competitivas se não entenderem como adequar os resultados da operação a práticas mais sustentáveis.

Nesse aspecto, um caminho útil se dá através da elaboração de um plano de gestão de rejeitos. Uma ação de extremo valor, que deve estar nas prioridades da gestão industrial e que fará com que haja um tratamento e disposição final apropriados.

Principais pontos em relação ao Padrão Global

A gestão de rejeitos está associada hoje a um dos principais riscos presentes nas atividades no setor minerário. Por conta disso, em 05 de agosto de 2020 foi publicado o Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos, gerado a partir de um processo independente – o Global Tailings Review (GTR).

Composto por 6 tópicos, 15 princípios e 77 requisitos auditáveis, o Padrão dispõe de uma estrutura para que as indústrias sejam capazes de realizar a gestão de rejeitos corretamente, além de fornecer aos operadores o melhor caminho para atingir tais objetivos.

Quanto aos tópicos dispostos, eles são: comunidades afetadas; base integrada de conhecimentos; projeto, construção, operação e monitoramento de estruturas de disposição de rejeitos; gestão e governança; resposta a emergências e recuperação de longo prazo; e divulgação pública e acesso à informação.

Um dos objetivos almejados pelo Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos é evitar danos às pessoas e ao meio ambiente, além de reduzir a zero acidentes com humanos. 

Outra exigência é para que os níveis organizacionais mais altos assumam a responsabilidade e priorizem a segurança das estruturas de disposição de rejeitos ao longo de todas as fases do seu ciclo de vida, inclusive nas fases de fechamento e pós-fechamento.

Vale também dizer que a conformidade com o Padrão não substitui o que já é previsto em estatutos, leis, regulações, portarias ou outras diretrizes governamentais nacionais, estaduais ou locais específicas.

O que merece destaque no atual cenário da indústria de mineração?

 

O atual cenário da mineração tem passado por transformações que acompanham as mudanças na sociedade. 

Sendo assim, é relevante entender o que ocorre para poder estabelecer as práticas mais inteligentes tanto no ambiente de trabalho, quanto na postura a ser comunicada publicamente. Seja como e onde for, é indicado se cercar de coerência.

A seguir, confira alguns tópicos a serem trabalhados pelas indústrias deste setor:

Desenvolvimento tecnológico

Certamente, este item é progressivamente algo requerido pelas instituições que objetivam elevar seu sucesso, afinal, o advento tecnológico não chegou hoje, mas cotidianamente se firma como base para muitas ações de desenvolvimento.

Alguns exemplos podem ser encontrados quando pensamos em projetos focados em melhoria da eficiência energética e na redução dos impactos ambientais.

 Inovação e sustentabilidade alinhada às práticas ESG

Empresas comprometidas estão constantemente em busca de inovação em seus projetos. Entretanto, não basta inovar, é preciso fazer isso tendo como base a sustentabilidade, cujos pilares são: social, econômico e ambiental. Com isso em mente, reflita: quais medidas podem ser adotadas pela sua indústria para se alinhar a esses pontos?

Por fim, o segmento da mineração precisa se adequar para aplicar as práticas ESG — ambiental, social e governança, em português.

Para um bom direcionamento, é interessante investir, dentre outras questões, em segurança operacional, na saúde dos profissionais e, claro, em uma eficiente gestão de rejeitos.

E então?

Como vimos neste conteúdo, diversas são as adaptações atuantes no campo da mineração, como as apresentadas no Padrão Global, que trouxe visões a serem adotadas pelo setor. 

A gestão de rejeitos, sem dúvidas, é uma atividade apontada como essencial, necessitando de olhos atentos dos gestores para ações inteligentes. Quanto a isso, vale contar com o apoio da tecnologia para otimizar os processos.

Continue se informando através do artigo que preparamos sobre gerenciamento de resíduos sólidos na área de mineração.