Seja por erro humano ou por fatalidades que não podiam ser previstas, infelizmente acidentes ambientais não são tão incomuns.
Muitos deles, inclusive, tornam-se marcos na evolução do conceito do desenvolvimento sustentável. E esses desastres acontecem mundo afora. Nesse post, voltamos o foco ao nosso país e apresentamos um breve panorama dos principais acidentes ambientais brasileiros. Além de pensarmos em suas causas e consequências, levantamos também uma importante questão: a da diferença que uma remediação rápida e precisa pode fazer nesses casos.
Linha do tempo dos principais acidentes ambientais brasileiros
Década de 80 – Cubatão
Nos anos 80, a cidade litorânea de Cubatão, no Estado de São Paulo, foi apontada pela ONU como a mais poluída do mundo. Os gases liberados pelo polo industrial da região acabaram por contaminar o ar, o solo e a água. As consequências foram devastadoras. Bebês nasciam com malformações fatais como a anencefalia, ou seja, a falta de cérebro e a população era a líder em problemas respiratórios no país. Na época, Cubatão chegou a ganhar o apelido de “Vale da Morte”.
1984 – Vila Socó
Também na região de Cubatão, Vila Socó viu parte da sua comunidade ser destruída por um incêndio. O desastre foi consequência de uma falha em dutos subterrâneos que espalharam 700 litros de gasolina ao redor da região. Ao todo, quase 100 pessoas morreram.
1987 – Goiânia
O maior acidente radiológico do mundo ocorrido em área urbana aconteceu em Goiânia. O caso aconteceu após dois catadores de lixo terem encontrado um aparelho de radioterapia em um prédio abandonado, onde havia funcionado uma clínica de tratamento de câncer. O aparelho começou a ser desmontado pelos dois catadores e foi depois vendido a um ferro-velho. Assim, diversas pessoas acabaram tendo contato com Césio-137, uma substância branca que libera um brilho azul. Quatro pessoas morreram e centenas sofreram contaminação.
2000 – Rio de Janeiro
Um acidente envolvendo um navio petroleiro fez com que 1,3 milhão de litros de óleo vazasse nas águas da Baía da Guanabara. Além do desastre ter causado a morte da fauna local, o solo de diversas regiões acabaram contaminadas.
2000 – Araucária
Ainda no ano 2000 um novo vazamento, de 4 milhões de litros de óleo, ocorreu na refinaria Getúlio Vargas, na cidade de Araucária, no Paraná.
2001 – P36
A maior plataforma de exploração de petróleo em alto-mar da época sofreu, em março de 2001, três explosões, causando a morte de onze pessoas. Cinco dias depois, a plataforma afundou com 1500 toneladas de óleo a bordo.
2003 – Cataguases
O rompimento de uma barragem de celulose em Cataguases, Minas Gerais, resultou no vazamento de 520 mil m³ de rejeitos que atingiram os rios Pomba e Paraíba do Sul. A população ribeirinha e o ecossistema sofreram as consequências do desastre, que afetou até algumas áreas do estado do Rio de Janeiro.
2007- Miraí
Outra barragem se rompeu em Minas Gerais, dessa vez em Miraí, espalhando mais de dois milhões de metros cúbicos de água e argila em seu entorno.
2011 – Bacia de Campos
Um poço de extração derramou, em 2011, cerca de 3,7 mil barris de óleo na Bacia de Campos. A mancha provocada no mar pelo vazamento tinha 162 km², segundo estimações, causando a morte de diversos animais.
2015 – Santos
O Terminal Alemoa, em Santos, sofreu um incêndio que resultou no lançamento de efluentes líquidos em manguezais e na lagoa contígua ao terminal. Além disso, foram emitidos efluentes gasosos na atmosfera e a segurança das comunidades próximas foi colocada em risco.
2015 – Mariana
Em novembro de 2015 a barragem de Fundão, em Mariana (Minas Gerais), foi rompida. Assim, ela liberou uma onda de lama de mais de dez metros de altura. Foram 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos que devastaram o município de Bento Rodrigues, assim causando impactos profundos na região do Rio Doce. Até hoje ainda não é possível delinear completamente a extensão dos impactos causados pela tragédia.
Prevenção e remediação
Trabalhar com projetos que possam afetar o meio ambiente é uma enorme responsabilidade. Por isso, é imperativo que as empresas sempre pautem sua atuação em um modelo sustentável. E, para tal, devem colocar a prevenção contra acidentes ambientais no topo de suas prioridades. Esse compromisso pode evitar tragédias que, em alguns casos, sequer podem ser completamente revertidas.
Mas, se mesmo assim um acidente ocorrer, é necessário agir com rapidez para que o impacto seja o mínimo possível. Foi isso que ocorreu em um recente projeto atendido pela Allonda em uma indústria do interior de São Paulo. Em apenas três dias, pudemos avaliar um acidente que havia acabado de acontecer, elaborar uma proposta para solucionar o problema e começar a remediação.
Em outro caso, resultante do rompimento da barragem em Mariana, colocamos 150 profissionais para trabalhar no desassoreamento através de dragagem de 1 milhão de m³ para diques de secagem. Além disso, também fomos os responsáveis pelo tratamento em larga escala dos resíduos contaminados. Este foi um projeto de engenharia, operação, controle, licenciamento e gestão que mostra a necessidade de uma ação rápida e especializada para minimizar os efeitos de um acidente ambiental. Essa agilidade pode ser a diferença entre a recuperação e a contaminação permanente de uma região.
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Para que essas histórias não se repitam
Acidentes ambientais costumam ganhar grande exposição no momento em que acontecem. Mas e depois? Deixá-los cair no esquecimento, sem sabermos seus desdobramento e impactos, nos faz perder a noção do quanto esse assunto é corrente. É necessário que todos nós tiremos aprendizados destes acontecimentos. Por isso, convidamos você a partilhar esse post. Afinal, esses acidentes ambientais brasileiros não podem ser esquecidos. E, principalmente, não podem ser repetidos.