Investidores vêm acrescentando novos critérios para a escolha de fundos de investimento. Se antes o foco era a governança, atualmente, fatores sociais e ambientais também se apresentam como determinantes para a escolha sobre onde investir.
A sigla ESG (Environmental, Social and Governance) está ligada às práticas ambientais, sociais e de governança. Ela é bastante conhecida fora do país, em especial na Europa, onde políticas de preservação ambiental, responsabilidade social e boa governança corporativa são consideradas prioridade por empresas de pequeno, médio e grande porte.
No Brasil, esses critérios ligados à ESG são recentes e devem se intensificar conforme investidores internacionais pressionam as empresas a adotar esse caminho. Não basta uma mudança de registro ou etiqueta, as companhias devem estar realmente comprometidas, em todos os seus processos, com diretrizes de sustentabilidade.
Isso pode aumentar a competitividade das empresas e gerar atrativos de investimento de capital financeiro internacional. Quem não conseguir acompanhar esse ritmo, pode se tornar obsoleto diante de uma sociedade mais atenta às boas práticas citadas anteriormente.
O Relatório de Sustentabilidade, publicado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, aponta que “85,4% dos gestores consideram o potencial impacto de questões ambientais, sociais e de governança corporativa em seu processo de investimento”.
Como as empresas podem adotar metas e objetivos para ESG?
As empresas que desejam atrair investidores ESG devem passar por uma reorganização voltada para sustentabilidade no longo prazo. O ideal é que formem um fundo específico, com uma equipe dedicada a gerir as diretrizes que permearão as práticas de gestão ambiental, de responsabilidade social e de governança, definindo metas e objetivos claros sobre como isso irá acontecer.
Considerar fatores como o uso de recursos naturais e eficiência energética, políticas de diversidade e inclusão, além das boas práticas de governança que envolvem a ética, a transparência e a independência do conselho também são ações importantes para a estrutura da organização.
Empresas que pautam seus pilares de crescimento na sustentabilidade podem crescer de maneira próspera e atrair bons investimentos. Esse é um caminho sem volta.